Fruto da reestruturação de nossa Atlética. Esse é o resumo que Pedro Simon, Mestre da RapoZona, que nos recebeu para um bate-papo regado de música, dá à curta trajetória de sua Bateria:
Nos juntamos, nós, da Engenharia Unifeb, com o pessoal da Med-Barretos, e em 2014 decidimos retomar o EngMed, jogos que fazem parte da história da cidade e, principalmente, de nossa Faculdade. E, se voltaríamos a participar de jogos, nada mais justo que ter uma Bateria também!
Naquele momento, quem deu apoio à Rapozona e ao Mestre foi uma escola de samba local, a Imperadores do Samba, que emprestou instrumentos e auxiliou nos primeiros ensaios. Já Pedro, cantor e violeiro conhecido nas baladas da região de Barretos como Pedro Viola, teve que se virar para tornar-se Mestre, como ele mesmo nos conta:
Nunca tive curiosidade com escolas de samba, baterias, até que vi um ensaio de bateria e fiquei empolgado! Pedi ajuda a amigos e ao Mestre da Escola de Samba, me dediquei em aprender cada instrumento e tomei a frente de cuidar dos ensaios e treinos, especialmente depois do EngMed 2014, quando tivemos noção verdadeira do que é uma Bateria Universitária.
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| Mestre Pedro à frente da RapoZona |
A RapoZona virou nossa grande família. Uma vez RapoZona, sempre RapoZona, onde quer que seja. A Bateria é como um filho para mim, e tenho certeza que os outros fundadores também sentem a mesma coisa. E é mesmo um amor de pai zelar pela formação de cada ritmista, cuidar de cada instrumento.
Quer uma medida desse amor? Curto e grosso, Pedrinho: se quiser arrumar briga comigo é só falar mal da minha Bateria!
Claro que não é só por tocar, esse amor todo vem como recompensa de muito trabalho. E muitas vezes o que acontece fora dos ensaios e das apresentações é ainda mais complicado do que pensa quem não conhece a fundo o que é a gestão de uma BU.
No caso da RapoZona, isso incluiu a obrigação de Pedro e seus ritmistas de provar à Unifeb que não era somente farra e barulheira: no começo, a diretoria pensou que era só bagunça. Provamos o contrário através de nossa organização, protocolos, reserva do teatro para ensaios. Mostramos que nosso trabalho ia inclusive promover toda a instituição.
O fruto veio: hoje a RapoZona é reconhecida pela Unifeb como a primeira Bateria da Faculdade, e é parceira em convites para tocar em eventos oficiais dentro e fora do campus, até mesmo em cursos de extensão e promoção cultural.
Para o Batuca Franca, a RapoZona conta com o trabalho conjunto de quatro diretores, cada um responsável por um setor, ao mesmo tempo em que todos os ritmistas são responsáveis pelos instrumentos. Além disso, todos colaboram com a mensalidade da Bateria, revertida para aquisição e reposição de peças.
Já os ensaios, realizados semanalmente, contam com apoio prático e teórico da até hoje parceira Imperadores do Samba. Mestre Pedro nos conta:
Procuramos apresentar de maneira clara o que queremos em cada ensaio. Mostramos tudo passo a passo, de forma lenta e clara, com contagem de tempo e memória sonora, para que tudo se encaixe perfeitamente. Buscamos muitas influências nas escolas de samba do Rio de Janeiro, mas também ouvimos os ritmistas, tudo o que fazemos é em comum acordo com todos.
Sobre as metas para nosso Desafio de Baterias, Pedro fala que tem como objetivo levar a todos alegria musicalidade e cultura. E a integração? Começa aqui dentro: na Bateria, sempre cantamos "Integração, aqui todo mundo é irmão - e tem incesto!" E é essa pegada que dividiremos com todos em Franca!!
E conclui seus objetivos: encontramos no Batuca Franca nossa porta de entrada para junto das grandes BUs. Nosso trabalho não é somente para conquistar o troféu de campeão, mas sim o respeito de todos!
Recado final, Pedrinho? Anota aí: preparem os couros, as baquetas e as peles que a RapoZona tá chegando pra quebrar o sistema!
Então só vem!!








































