segunda-feira, 28 de setembro de 2015

RapoZona: a bateria do Mestre violeiro a caminho do Batuca Franca




Fruto da reestruturação de nossa Atlética. Esse é o resumo que Pedro Simon, Mestre da RapoZona, que nos recebeu para um bate-papo regado de música, dá à curta trajetória de sua Bateria:

Nos juntamos, nós, da Engenharia Unifeb, com o pessoal da Med-Barretos, e em 2014 decidimos retomar o EngMed, jogos que fazem parte da história da cidade e, principalmente, de nossa Faculdade. E, se voltaríamos a participar de jogos, nada mais justo que ter uma Bateria também! 


Naquele momento, quem deu apoio à Rapozona e ao Mestre foi uma escola de samba local, a Imperadores do Samba, que emprestou instrumentos e auxiliou nos primeiros ensaios. Já Pedro, cantor e violeiro conhecido nas baladas da região de Barretos como Pedro Viola, teve que se virar para tornar-se Mestre, como ele mesmo nos conta:

Nunca tive curiosidade com escolas de samba, baterias, até que vi um ensaio de bateria e fiquei empolgado! Pedi ajuda a amigos e ao Mestre da Escola de Samba, me dediquei em aprender cada instrumento e tomei a frente de cuidar dos ensaios e treinos, especialmente depois do EngMed 2014, quando tivemos noção verdadeira do que é uma Bateria Universitária.

Mestre Pedro à frente da RapoZona
Veio, então, a seleção dos ritmistas incumbidos de dar continuidade ao trabalho da Bateria da Engenharia, e, com eles, em outubro de 2014, a escolha do nome: RapoZona. E depois? Pedro resume:

A RapoZona virou nossa grande família. Uma vez RapoZona, sempre RapoZona, onde quer que seja. A Bateria é como um filho para mim, e tenho certeza que os outros fundadores também sentem a mesma coisa. E é mesmo um amor de pai zelar pela formação de cada ritmista, cuidar de cada instrumento.

Quer uma medida desse amor? Curto e grosso, Pedrinho: se quiser arrumar briga comigo é só falar mal da minha Bateria!


Claro que não é só por tocar, esse amor todo vem como recompensa de muito trabalho. E muitas vezes o que acontece fora dos ensaios e das apresentações é ainda mais complicado do que pensa quem não conhece a fundo o que é a gestão de uma BU.

No caso da RapoZona, isso incluiu a obrigação de Pedro e seus ritmistas de provar à Unifeb que não era somente farra e barulheira: no começo, a diretoria pensou que era só bagunça. Provamos o contrário através de nossa organização, protocolos, reserva do teatro para ensaios. Mostramos que nosso trabalho ia inclusive promover toda a instituição.

O fruto veio: hoje a RapoZona é reconhecida pela Unifeb como a primeira Bateria da Faculdade, e é parceira em convites para tocar em eventos oficiais dentro e fora do campus, até mesmo em cursos de extensão e promoção cultural.



Para o Batuca Franca, a RapoZona conta com o trabalho conjunto de quatro diretores, cada um responsável por um setor, ao mesmo tempo em que todos os ritmistas são responsáveis pelos instrumentos. Além disso, todos colaboram com a mensalidade da Bateria, revertida para aquisição e reposição de peças.


Já os ensaios, realizados semanalmente, contam com apoio prático e teórico da até hoje parceira Imperadores do Samba. Mestre Pedro nos conta:

Procuramos apresentar de maneira clara o que queremos em cada ensaio. Mostramos tudo passo a passo, de forma lenta e clara, com contagem de tempo e memória sonora, para que tudo se encaixe perfeitamente. Buscamos muitas influências nas escolas de samba do Rio de Janeiro, mas também ouvimos os ritmistas, tudo o que fazemos é em comum acordo com todos.

Sobre as metas para nosso Desafio de Baterias, Pedro fala que tem como objetivo levar a todos alegria musicalidade e cultura. E a integração? Começa aqui dentro: na Bateria, sempre cantamos "Integração, aqui todo mundo é irmão - e tem incesto!" E é essa pegada que dividiremos com todos em Franca!!

E conclui seus objetivos: encontramos no Batuca Franca nossa porta de entrada para junto das grandes BUs. Nosso trabalho não é somente para conquistar o troféu de campeão, mas sim o respeito de todos!


Recado final, Pedrinho? Anota aí: preparem os couros, as baquetas e as peles que a RapoZona tá chegando pra quebrar o sistema! 

Então só vem!!

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Essa manada é Medicina Ribeirão: Trombatuque!

Jordão, mestre e diretor; Lucão, diretor; Goiano, ex-diretor e ex-vice presidente da Atlética.

Foi este o trio que nos recebeu para um bate papo pós-ensaio da Trombatuque, bateria que tem pouco mais de um ano de existência, mas que, segundo nos contam em uníssono, é A melhor de Ribeirão!

Alunos da primeira Turma de Medicina da UniSEB, para nós a Med-Ribeirão, curso iniciado no segundo semestre de 2014, Jordão, Lucão e Goiano mostraram tanto entrosamento em nossa conversa, que a entrevista acabou virando mais uma história contada pelos três, conforme compartilhamos a seguir:



Nascimento da Bateria 

Nos conta Goiano:

A Atlética começou em setembro, no nosso primeiro semestre [2014], e um dos primeiros pontos que a gente tinha como prioridade era a Bateria. Na verdade, o sonho da Bateria nasceu no momento em que conseguimos realizar o sonho de fundar a Atlética.

Só que tinha que ter dinheiro. E custava 8, 10 pau uma Bateria nova. A gente olhou um pro outro e perguntou: mano, e agora?

Daí entrou a ideia de ter mensalidade aos associados da Atlética. Também fomos atrás da reitoria da Faculdade, que fechou a porta para nós; pediram orçamentos, mas só enrolaram. Uma empresa de formaturas também ajudou trocando um aporte financeiro pela possibilidade de montar um estande dentro do campus. Mas foi a colaboração dos alunos que viabilizou a compra da Bateria, junto com a venda de alguns produtos, que no final do primeiro semestre já dava lucro para a Atlética.

Então, em fevereiro [2015] compramos a Bateria. Passamos 15 dias agoniados, até que de repente chega na Faculdade aquele monte de caixa. Colocamos aquilo tudo de instrumento no meio do povo, olhamos um pro outro e outra vez perguntamos: mano, e agora?



Primeiros ensaios 

No primeiro vestibular [no começo de 2015, para a entrada da segunda turma], ainda não tinha Bateria, então fizemos uma parceria com a Fiel Força Tricolor, torcida organizada do Botafogo. Eles são como os padrinhos da Trombatuque. 

Quando chegaram nossos instrumentos, assumimos a responsabilidade, primeiro com um professor de fanfarra que contratamos para nos ensinar. Mas o cara não sabia nada de BU, então não deu certo.

Jordão complementa as palavras de Lucão:

Só aceitei entrar para a Atlética porque queria a Bateria. Meu pai tocava em escolas de samba de São Paulo e eu ia junto, ele pegava um instrumento, eu pegava um igual e ia lá atrás tentar fazer o som. 

Tocava mais caixa e terceira, mas quando o professor não deu certo, vi que tinha que aprender ripa para ajudar nos ensaios. Tirei umas chamadas do Salgueiro e de umas outras escolas, era um solo de ripa que terminava num breque tipo pergunta e resposta e pronto!

Sobre os locais de ensaio, Goiano explica:

Eram primeiro num estacionamento na frente da UniSEB, mas rapidinho a polícia nos expulsou. Fomos para o estacionamento ao lado da Faculdade, pagávamos para ensaiar duas vezes por semana, nos fins de tarde, mas os próprios alunos, provavelmente de outros cursos, reclamaram com a Reitora, e fomos chutados de lá também.

Finaliza Jordão:

Hoje ensaiamos na frente do Estádio Santa Cruz, onde ensaiam outras medicinas da cidade. O problema é que lá moram jogadores do clube, e chega uma hora que os caras começam a xingar. Daqui a pouco dá polícia outra vez. Mas Ribeirão Preto é grande, até a gente ensaiar e ser expulso de todas as praças demora!




A Trombatuque

Goiano conta que foi Lucão quem batizou a Bateria:

Veio por causa do mascote da Atlética, que é um elefante. Foi votado pelos alunos, daí falaram que é o animal da união, da sabedoria, e a Bateria tinha que seguir na mesma linha. Então veio a sugestão do Lucão e aderimos.

Acontece que quando Jordão assumiu a Trombatuque, faltavam pouquíssimos dias para seu primeiro desafio! Explica Goiano:

No começo eram 8, 10 ritmistas. E tinha o EngMed [jogos realizados em Barretos no primeiro semestre deste ano] em dez dias. Daí a gente chamou a geral, precisava de mais gente, e perguntou: vamos tocar? Com a resposta positiva, ensaiamos todos os dias, metemos a cara e a coragem num ginásio cheio e fizemos nossa primeira apresentação.

Foi a motivação dos alunos que permitiu participar daquele desafio, mesmo que a essência naquele momento fosse meter um louco com a Bateria, já que para os jogos tínhamos poucos atletas. Mas, no fim das contas, foi uma apresentação bacana e deu motivação para a Trombatuque seguir adiante.

Perguntamos para eles o que mudou depois disso. Lucão prontamente nos conta:

Nasceu o comprometimento com a Bateria em quem tocou. E quem não tocou quis entrar. Com mais gente, melhoramos os ensaios e agora tem ritmo.

Goiano complementa:

Mudou a responsabilidade. Eu vejo uma evolução muito rápida da galera. Gente que comenta o quanto nossa pegada evoluiu em tão pouco tempo. Ensaiamos de abril a setembro, tira um mês de férias, ou seja, em quatro meses, contando mudanças de ritmistas, entrada de bixos, mudanças de local de ensaio, temos uma Bateria preparada para competições grandes. Tudo fruto de um trabalho bem feito.

Jordão aproveita o gancho para contar uma curiosidade:

No Santa Cruz, ensaiam outras medicinas, Baterias com mais de 15 anos de história. Chegamos, arrumamos nosso espaço e começamos a batucada, só que do outro lado do estádio, e mesmo assim acabamos encobrindo o ensaio dos caras.

Ficava passando gente de carro, subindo perto do nosso ensaio com instrumentos à mostra. Vinham conferir o que estava acontecendo, até que desceram para perto com a Bateria deles. Nem ligamos, seguimos nosso som, eles desistiram e hoje estamos aí, com um monte de ritmista, caminhando muito bem!




Desafios de Bateria e o futuro da Trombatuque

Temos tudo para chegar no BF, meter o louco na primeira competição que vamos preparados, e tentar o troféu. Na verdade, meu objetivo pessoal é ganhar tudo que disputar com a Bateria.

Assim como Goiano, Jordão também tem planos para a Trombatuque:

Eu penso em coisas menos direcionadas aos campeonatos. O que eu quero é ver a galera da Faculdade dando a vida na Bateria, tudo por amor, para o que der e vier. Teve um cara que antes do EngMed quebrou o dedo ensaiando e tocou assim mesmo, só para não deixar a Bateria desfalcada, esse é o espírito.

Lucão lembra do que o motivou a entrar na Bateria:

Tem que fazer o cara que vai prestar vestibular sentir vontade de ser parte da nossa manada desde a prova. Tem que ver a gente na porta do vestibular e ficar com desejo de ser parte dessa família. O cara faz um monte de cursinho, chega no dia mais importante tenso e tem uma galera que te recepciona bêbada e batucando. Tem que querer viver aquilo também. Eu mesmo entrava com os portões quase fechando para aproveitar até o último momento!

E, se é isso que os motiva, os três concordam que o diferencial da Trombatuque rumo ao Batuca Franca e outros desafios de bateria, além do comprometimento e da união, é a vontade. Segundo Jordão, depois de todas as dificuldades, hoje pode estar caindo o mundo, ou fazendo os 40 graus de sempre de Ribeirão, que a gente está lá dando sangue no ensaio. Isso faz a diferença: não importa o que aconteça, vamos dar sangue sempre!



Trombatuque no Batuca Franca

Nosso desenho é um elefante que impõe: vem que se precisar tem baquetada na cabeça. A armadura é para acompanhar nosso hino, que fala que a Trombatuque lidera a infantaria, vai na frente guiando a Medicina. Mas o objetivo maior é a integração, lógico. Conhecer a galera, tocar junto igual fizemos na C.O. do Batuca Franca. Bateria é isso, né? Galera movida por samba e cerveja.

Às palavras de Jordão, pedimos ao trio que finalizasse o papo com sua mensagem a todo o BF:

Esperem de nós o espírito da Família Trombatuque: galera determinada, Bateria com garra, vontade de ganhar, povo louco, muito bombom e muita cerveja. Se prepara que a manada tá chegando!



ENTÃO SÓ VEM!!!

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Esparteria: guerreiras e gladiadores no Batuca Franca!

Regado a um pouquinho de breja, já vou lhes contando que nessa Bateria o que não falta é raça!



Conversamos - e bebemos - com Matheus, diretor e mestre da Esparteria, a Bateria da Medicina Franca. Aliás, mestre e diretor: é possível conciliar? Aos risos, ele nos conta que a minha relação com a Bateria hoje só não é maior que com a minha mãe porque a Esparteria não me manda dinheiro todo mês!

Matheus teve sua primeira experiência em BU exatamente numa concorrente do Batuca Franca, a Dentadura.

Ali nasceu seu amor pela batucada, mas faltava entrar na Faculdade de Medicina. Ele lembra que, no vestibular, em Franca, a Bateria ficava na porta tocando enquanto fazíamos a prova. Eu ali sofrendo e aqueles putos bebendo e curtindo!Eu precisava passar e fazer parte disso! Isso é viver a Faculdade!

Dito e feito: uma vez na Med - Franca, Matheus ingressou na Esparteria, marcando surdo de primeiro tempo, de lá saltou para o surdo de terceira, e dali se lançou candidato e foi eleito diretor. Nesse momento, muitos instrumentos já havia aprendido a tocar com os ensaios que tivemos. A maioria foi naquela brincadeira do "e aí, como que toca isso?" Exceto pelo repique: nesse eu fiz algumas aulas com o professor Youtube.

Hoje, Matheus vê a Esparteria como símbolo de conquista, tanto por ter realizado o sonho de cursar Medicina, quanto por ver os sacrifícios que faz pela Bateria materializados em avanços e conquistas. Ele resume seus sonhos de Mestre de maneira simples: quero dar o primeiro título com o Tormed e o segundo com o Batuca Franca! Se meu sonho ontem era passar na Faculdade, hoje é trazer os títulos para casa!



Mestre Matheus, sobre a responsabilidade de estar à frente da Esparteria: no momento em que a primeira batida começa, você tem certeza de que tudo isso vale a pena!

Sonhos altos para uma Bateria que nasceu há pouco, no final de 2012, fruto de parceria da Atlética com uma empresa de formaturas, que doou instrumentos em troca de divulgação na Faculdade. E dos primeiros instrumentos, veio também a primeira vaquinha: foi uma felicidade e tanto quando chegou o material, só que não compraram talabartes, baquetas e outras coisas, conta, mais uma vez, em meio à risadas.

Nesse primeiro momento, a Esparteria ainda aprendia seus ritmos com um professor de fanfarra da cidade de Franca, até que Ricardinho, mestre antes de Matheus, assumiu o comando, agora sempre a cargo dos alunos.

A relação da bateria com os alunos foi que nem fogo na gasolina: instantânea e explosiva! Numa Faculdade recém formada, a Bateria serviu como catalizador para a união dos alunos e para criar a relação de amor com a instituição.

Esparteria, nos tempos de mestre Ricardinho.

Sobre os ensaios, Matheus nos conta que, num primeiro momento, ocorriam na Faculdade. Só que nos expulsaram porque falaram que atrapalhávamos as aulas. E olha que ensaiávamos no fundo do campus, na beira de um córrego, num frio do Alasca, com mosquito pra dar inveja na Amazônia, e de frente para a rodovia.

Dali, a Bateria migrou para as ruas do Parque Universitário francano, local considerado de pouca segurança, e à mercê do clima frio local.

Para piorar, muitos dos ritmistas deixaram os ensaios porque não conseguiam conciliar estudos e Bateria. Nosso curso segue o método PBL, sistema do capiroto em que todos os dias passamos por avaliação oral, com aulas em período integral.

Hoje, já com uma movimentação de caixa que permite manter a Esparteria, fruto de festas e da venda de produtos, o diretor da Bateria comemora também a parceria fechada com a Le Cheff, patrocinadora também do Batuca Franca, e que cede à Med - Franca seu salão, coberto e com toda a infraestrutura necessária para os ensaios.

É aí que a Bateria se prepara para seus jogos, festas, eventos das comissões da Faculdade e desafios de bateria.

E mais: foram exatamente as dificuldades passadas e a raça permanente de seus batuqueiros que batizaram a Esparteria: símbolo da raça guerreira, daqueles nascidos para lutar! Aqui, se todo dia foi uma batalha, todo dia foi uma vitória!





Para Matheus, toda BU é fundamental na interação dos alunos com suas Faculdades. A bateria é a voz da Faculdade: e com ela que cantamos nossos hinos, é a válvula de escape da cabeça em um dia estressante de estudos, é a paquera que rola nos ensaios e nas apresentações. 

E, dentre todos os eventos, o mestre e diretor considera os desafios como os mais importantes, em que é colocada à prova não somente a qualidade técnica da Bateria, mas também o amor de todos os ritmistas. Nem todo mundo gosta de volei, futebol... mas é só a Bateria entrar que todos soltam a voz e a emoção!

Sobre a preparação para os desafios que ainda vão disputar neste ano, Matheus enfatiza o Batuca Franca, especialmente pela disputa em casa: é só pensar que já bate aquele frio na barriga, a mão já começa a tremer com vontade de batucar. Estamos trabalhando duro, buscando novas referências para mostrar que a Esparteria veio para ser referência também.

Para o BF, a Esparteria promete levar seu espírito de vitória ou morte: queremos mostrar nosso espírito guerreiro e justificar o porquê do nosso nome. Somos uma Bateria nova, já crescemos muito e queremos ainda mais!




O recado final vem direto: queremos essa vitória! E fica esperto porque eu sou um guerreiro que sozinho mato mil; Sou Med - Franca a mais fodida do Brasil; se é pra matar, se é pra morrer; eu sou Med - Franca e tô botando pra foder!

Então só vem!!!!

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Bateria Vaca Magra? Não!!! BATORADA VACA MAGRA

No Batuca Franca, esperamos uma oportunidade inédita na nossa bateria, de trabalhar duro e crescer, sempre! E como todo mundo que entra em uma competição, esperamos vencer, por que não??



A Batorada Vaca Magra recebeu seu nome atual em 1991, mas existe há muito mais tempo, antes mesmo da Atlética, quando toda a representação estudantil da Famerp ficava por conta do Diretório Acadêmico.

Depois da cisão do D.A. em Atlética e Centro Acadêmico, as primeiras turmas da faculdade já tocavam a bateria, ainda sem nome ou puxador: eram alguns instrumentos, não muitos, mas dava pra fazer um barulho!

Já com um cargo oficialmente instituído pela Atlética de Diretor de Bateria, ingressou na Famerp a turma de 1991, chamada Vaca Magra, amantes do samba e especialistas em tocar o puteiro, que, de tanto que fizeram pela batucada riopretense, acabaram dando o nome de Bateria Vaca Magra, posteriormente alterado para o atual, Batorada Vaca Magra.


É com toda essa história, contada pelos mestres e diretores Celso e Daniela, que a Batorada Vaca Magra chega ao Batuca Franca: a mais antiga das baterias participantes, um time unido e guerreiro, uma bateria que pensa grande, ganhar nosso desafio, por que não?

Mas espera... mestres e diretores? Sim! Na Batorada Vaca Magra Celso e Daniela acumulam, juntos, os dois cargos. Na verdade, o entrosamento da dupla é tão grande que muitas das perguntas que fizemos foram respondidas em conjunto, ficando com os dois os créditos dos comentários!



Ambos, inclusive, começaram juntos a trajetória na bateria:

Nosso interesse veio desde as primeiras semanas aqui na faculdade, quando tínhamos que conhecer tudo, inclusive a bateria. Desde o cursinho já tínhamos uma opinião comum entre nós dois: "não sei qual faculdade vou fazer, mas, qualquer que seja, serei da bateria". 

Celso havia participado de uma fanfarra escolar; Daniela aprendeu piano. Mas contato com a percussão só veio mesmo na Batorada.

Começamos tocando tamborim, e fomos aprendendo do zero outros instrumentos. Nossa dedicação foi essencial para atingirmos o lugar que atingimos. E o pessoal mais velho sempre nos ajudou, se não fosse por eles não estaríamos aqui.


 Celso e Daniela já eram mestres e diretores quando a Batorada Vaca Magra passou por um momento de crise no ano passado, ocasião em que muitos ritmistas se formaram, e outros, em razão do calendário do curso, não puderam continuar.

Contam que foi passageiro: nesse ano nossa Bateria reviveu, aumentou ainda mais sua força e agora segue muito bem.

Uma ajuda é o local de ensaios: diferente de quase todas as demais BUs, a Batorada Vaca Magra consegue ensaiar dentro da própria Faculdade.

Temos um lugar para ensaiar dentro da nossa Faculdade, com um complexo esportivo muito bom, e entre nosso campo e nossa quadra ensaiamos na maioria dos dias. Também temos uma boa relação com a diretoria, que entende nossa causa.

Contam que também não têm problemas com os vizinhos. Os bairros em volta da faculdade têm muitos prédios. Nós moramos ali, mas também muitas famílias e idosos. Temos algumas reclamações quando estamos tocando muito tarde, mas não durante nossos ensaios, que são entre 18:00 e 20:00.





Para manter ativa a Bateria e em dia os instrumentos, os diretores organizam eventos para arrecadação de fundos, quase sempre pautados em venda de comida para os próprios alunos da Famerp.

Daniela conta que no começo deste ano realizaram uma feijoada na quadra da Faculdade, ocasião em que conseguiram reunir muita gente, apresentamos alguns ritmos novos, e tivemos uma adesão nunca vista antes, com todos os tipos de tribo da faculdade.

A Bateria também toca em festas, amistosos, jogos e outros eventos tradicionais, como o encontro anual de ex-alunos, a recepção dos bixos, a entrada do vestibular e o workshop de apresentação da Faculdade.

De tudo isso, os mestres não se esquecem da abertura da pré-Intermed 2015, quando tocamos por horas seguidas, junto com as outras 10 faculdades, e vimos todas saindo, uma a uma, mas ficamos até o final, algo que não aconteceu nos últimos anos!




Sobre o Batuca Franca, a Batorada Vaca Magra também promete muita integração: Dentro da Bateria temos a oportunidade de conhecer pessoas de outras faculdades e aprender coisas novas.

Da competição, reiteram o intuito de brigar pelo título, mas afirmam os diretores que vemos os desafios de bateria como um incentivo muito grande de crescer, pois nos traz um objetivo, algo diferente do que tocar em jogos, onde não tem problema se errar. Temos que nos aperfeiçoar cada vez mais!




Recado final pra galera? Curto e direto: vamo que vamo Med Rio Preto!!!!!!

Então só vem!!


quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Brejodum e seus Borrachos: batuque e integração

"Aqui o amor pela camisa fala mais alto!"

Foi com essa mensagem direta que Murilo Lemes, diretor da Bateria Brejodum, da Faculdade de Direito de Franca, mais conhecida como Brejão, iniciou nosso bate-papo.






O Batuque é muito louco!

Murilo explica que "a relação dos ritmistas com a Brejodum sempre foi muito intensa." Desde sua fundação, em 2005, a Bateria cumpre seu papel dentro da Faculdade, com uma relação muito próxima com os alunos. Assim, "o sentimento de um ritmista e de um aluno não difere", complementa.

O diretor da Brejodum nos conta que foi desse amor que nasceram os inúmeros gritos e músicas que a Brejodum leva para as festas e jogos, razão de sua fundação, e onde até hoje acompanha a torcida do Brejão, chamada Borrachos del Brejón, de forma incansável.

Murilo resume o espírito da Brejodum em um grito de guerra:

"O Batuque é muito louco,
Arrepia qualquer um,
incendeia a arquibancada,
Bateria Brejodum!"







Arrepia qualquer um!

Como a vida não é fácil em nenhuma Bateria Universitária, Murilo nos conta que a relação com a Faculdade não era fácil, com praticamente nenhum apoio, e com dificuldade para encontrar um local para ensaiar, já que, no entorno do Brejão, eram muito frequentes as reclamações por perturbação de sossego.

Entretanto, o cenário recente da Brejodum é melhor. Murilo afirma que os laços com a FDF "foram se estreitando, e hoje a Bateria recebe total apoio".

Com isso, se ensaiar ainda seguia - e segue - o martírio de atravessar a cidade levando ritmistas e instrumentos nos carros dos próprios integrantes da Bateria, que arcam voluntariamente com os custos de transporte, ao menos a Brejodum pode almejar passos maiores:

"A Bateria sempre teve a identidade de tocar em festas e jogos. Isso foi mudando e a expansão para competições de BUs se deu com a entrada no Interbatuc 2013, depois 2015, e ainda tem o Batuca Franca."

Além disso, a Brejodum venceu uma edição do Desafio de Bateria dos Jogos Universitários de Direito - JUD e realiza campanhas solidárias de arrecadação de alimentos para uma creche da cidade de Franca.




Incendeia a arquibancada!

Incendiar a arquibancada, a festa, o desafio, contagiar os ritmistas, criar, ousar e inovar. Tudo isso é missão do Mestre Guto, que há menos de um mês assumiu a Brejodum.

Apaixonado por música e samba, a primeira BU de Guto foi em outra Universidade, antes de chegar ao Brejão.

Já na FDF, conta o Mestre: "Já no meu primeiro ano busquei informações e entrei para a Bateria logo nos primeiros ensaios. Com o apoio da galera consegui me firmar e compor o time de ritmistas desde o início."

E sobre a chegada ao apito da Brejodum? Diz Guto, emocionado, que "foi meio no susto! Ocorreu agora! Mestre Helton depositou confiança no meu trabalho já no meu segundo ano, então o que posso dizer dessa transformação é que foi carregada de muita alegria, é uma honra imensa! A Brejodum hoje é parte de quem eu sou: é meu trabalho, minha paixão, o lugar onde meu amor pela música tomou forma e onde me apaixonei pelo samba!"

Sobre a missão de administrar a Bateria, o Mestre compara seu trabalho ao do gerente de uma empresa. A verba que mantem a bateria vem de apresentações, festas e venda de produtos. "Com esse dinheiro compramos novos instrumentos, reformamos os antigos, realizamos workshops com grandes personalidades do mundo do samba. 

Já a qualidade da Bateria, conta Guto que é fruto da regularidade de seus ensaios.





Bateria Brejodum!

Murilo nos conta que, além dos ensaios, a Brejodum chega ao Batuca Franca com outra arma: "fomos agora para o Interbatuc, onde aprendemos muito com o alto nível da competição, e vamos com tudo para o Batuca Franca!"

Conta Guto que os preparativos para o Batuca Franca vêm desde o começo do ano: "o fato de tocar em casa é diferente porque teremos a presença em peso da nossa torcida, que sempre foi a alma da Brejodum. Da Brejodum, podem esperar muita evolução, muita novidade, uma cara nova para uma receita de sucesso"

Sobre a famosa integração do Brejo, Guto deixa a todos o recado: "podem esperar a delegação mais louca do evento! Se fomos novamente um dos maiores do interbatuc, o que vocês acham que faremos em casa?"



Brejodum no Batuca Franca? É Brejodum botando pra foder!!!

Então só vem!!!!!!!