"Franca, os Mackenzistas vêm aí e o bicho vai pegar: os loucos de la cabeça chegaram!"
Foi com esse tom que Leonardo Xavier abriu o papo que batemos com a diretoria da Infantaria Vermelha, a Bateria do Mackenzie Campinas, que chega ao Batuca Franca com a responsabilidade de fazer a primeira apresentação de nosso desafio, abrindo a competição às 16:00 do dia 14.11.
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| Zuliani, Daniel, Leonardo e Matheus: a diretoria da Infantaria Vermelha pronta para o Batuca Franca. |
Segundo seus fundadores, a Infantaria Vermelha nasceu do intento de um grupo de alunos em fazer algo mais pela Atlética da faculdade, que orientou a criação da Bateria. Vinícius Zuliani conta que "o nome é inspirado no pelotão mais forte do exército, a linha de frente destemida, por isso o elmo branco e vermelho!".
| Registros dos fundadores da Infantaria Vermelha. |
E, como em quase toda Bateria Universitária, o começo da Infantaria exigiu de seus fundadores o espírito guerreiro estampado em seu símbolo: Zuliani, que vive a Bateria desde sua fundação, acrescenta que "sem apoio financeiro, os primeiros instrumentos saíram do próprio bolso. Loucura? Talvez, ou mais do que isso. Uma vontade de ver aquele campus novo crescer e saber que você teve uma grande contribuição com isso. É com base nisso que quero voltar daqui um tempo e saber que a bateria evoluiu muito desde a fundação."
Essa história de superação é passada internamente, para que todos os novos alunos aprendam desde o trote o sentimento e o espírito mackenzista, e compartilhem dessa paixão em jogos, arquibancadas, festas e desafios de Bateria. Zuliani conclui dizendo que "entre essas vitórias, vamos batalhar muito para incluir o título de Campeão do primeiro Batuca Franca!"
| O primeiro jogo e os primeiros ensaios da Infantaria Vermelha. |
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| Ensaios da Infantaria Vermelha |
Leonardo Xavier conta que sua relação com a Bateria é praticamente de sangue. Também fundador, conta que fazer parte do nascimento da Infantaria Vermelha gerou uma relação de amor incondicional, "difícil de largar: os dias passam, meses e anos, mas não tem como sair. Fui fundador, presidente, mestre e ritmista e daqui em diante serei eterno ritmista. Nosso hino 'Mackenzie, estaremos contigo, tu és minha paixão, não importa o que digam, sempre levarei comigo' define bem esse amor!"
| "Amor tatuado na pele" |
Quando falamos sobre o cenário universitário atual, Matheus Nogueira colocou as Baterias como o coração de qualquer curso e faculdade. "Em qualquer festa ou jogos que tenha, a atração mais esperada pelos alunos com certeza é a bateria de sua faculdade. É na hora da apresentação que a galera sente a pressão que vem lá do fundo do peito para declamar o amor por aquela instituição".
E esse amor cria vínculos fortes. Assim como Leonardo, Zuliani também fundou a Infantaria e até hoje permanece como diretor. Seu gosto pela música começou tocando pandeiro ainda no colegial; na Faculdade, a Bateria acabou se tornando sua paixão. Tamborinista de origem, linha que tocou por quatro anos e onde foi responsável pela formação dos novos ritmistas de seu naipe, conta que agora tem a confiança de toda a Bateria para encarar desafio de ser Mestre:
"Desde já estou estudando bastante quanto a composição da Bateria, novos ritmos etc. O Batuca Franca vem para coroar toda minha trajetória na vida universitária e, no papel de Mestre, será um prazer enorme honrar toda a confiança depositada pela diretoria e ritmistas."
Sobre a dificuldade de dirigir e manter uma Bateria, falamos com Daniel Furtoso, atual presidente, que nos disse que "o que todos precisam entender é que fazemos esse negócio por amor, e não por dinheiro!" Neste momento, Daniel recordou que a Infantaria é gerida somente por recursos próprios, sem ajuda da Faculdade, e que os muitos rateios de despesa efetuados entre diretores e ritmistas são justificados pelo amor de todos pela Bateria.
Conta, ainda, que atualmente, depois de realizar alguns eventos sazonais, a Bateria possui recursos para administrar os instrumentos e manter a regularidade semanal dos ensaios, que acontecem todos os sábados e domingos: "temos dois locais para ensaiar, todos bem espaçosos e com uma vizinha sem muita implicância."
Ao final, conta que seu grande problema "é onde guardar os instrumentos, uma vez que é bem burocrático guardar na universidade, e um trambolho para as casas e repúblicas. Mas sempre conseguimos dar um jeito!"
Para o Batuca Franca, Leonardo dá o recado:"A expectativa é a melhor possível! Tivemos uma boa integração com a FDF, lado a lado na arquibancada, e hoje, por essa relação, vamos a Franca competir! Os preparativos já começaram, com a implantação da escolinha para novos integrantes, a incorporação de novos ritmos e aquela vontade imensa de batucar pelo Mackenzie! Confio muito no trabalho do meu presidente Daniel Furtoso, junto com o mestre Zuli e o diretor Matheus, creio que com esse time vamos a Franca para disputar as primeiras posições."
Integração e qualidade de competição são as palavras que movem o Batuca Franca, e por isso damos as boas vindas à delegação Mackenzista: sabemos que vêm para honrar a posição de legionários de guerra, com samba para mostrar e uma história para enobrecer!






































